quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Muito Além do Futebol... (76)

O Campeonato Brasileiro da primeira divisão terminou no último dia 8 de 2013, mas fora de campo continuou sendo disputado no tribunal. A Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu por unanimidade pelo rebaixamento da Portuguesa à Série B, após a escalação irregular do jogador Héverton no confronto da última rodada diante do Grêmio. O beneficiado foi o Fluminense, que, com a perda de quatro pontos do clube paulista, se livrou da queda e segue na elite do futebol nacional. A decisão da 1ª Comissão Disciplinar, no entanto, ainda não é definitiva e a Portuguesa pode entrar com recurso em segunda instância, no Pleno do STJD. De acordo com o procurador-geral do tribunal, Paulo Schmitt, o caso deverá estar resolvido até o próximo dia 27. O clube paulista, no entanto, já confirmou que entrará na Justiça comum caso seja realmente rebaixado.


Intrigante, contudo, foi a declaração prestada pelo advogado da Portuguesa, João Zanforlim durante a argumentação de defesa: "Se é senha cada um que pode ter a sua, num país sério, senhor presidente. Num certo parlamento de um país que fica na América do Sul tem gente que vota com a senha do outro. Nós estamos aqui hoje na 39ª rodada do Brasileiro. Deveria terminar com 38 rodadas, não vai terminar com 39, 40 ou 41 rodadas. Perto da Copa do Mundo se há alguma coisa que me irrita é ver os hermanos fazendo gracinha [grifo nosso]: "Sei lá se a gente ganhar no campo e algo pode tirar algo da gente", disse, em tom de deboche. “Naquele domingo que terminou o campeonato nós tínhamos jogador chorando, comemorando o seu não rebaixamento ou a classificação para torneios internacionais", completou.

Qual será o fundamento para a declaração do defensor? Qual a relação do país vizinho com o imbróglio em questão? E, havendo veracidade, a “humilhação” de um argentino “zombando” é mais grave do que um tribunal que não respeita, por exemplo, prazo de citação determinado em lei?

Tão preocupante quanto a infeliz citação de Zamforlim, é o fato de um grande número de pessoas ter tido pleno conhecimento de detalhes do julgamento e comportarem-se de forma omissa.
O que importa é que o Flu tá na primeira!

2 comentários:

  1. Eu acho um absurdo, em pleno julgamento, um advogado citar um "picuinha" dessas como defesa. E vamos combinar, sr. procurador: o Sr. argumenta pelo que lhe irrita ou por tudo aquilo que é (in)justo no meio social? Que papel é esse? #ficaadica

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  2. O Senhor advogado cita a situação dos argentinos por quê? Que caso de piada ou semelhante foi feito? Nenhuma pesquisa na internet indica isso. A ÚNICA menção feita foi, DEPOIS DO JULGAMENTO ocorrido, o "Olé" chamar a situação de "ascenso de escritorio", em referência ao fato de o Fluminense 'voltar' à 1ª através dos tribunais. Por que falar em argentino? Pra comover alguém? Pra deixar que as pessoas não aceitem essa "humilhação"? Dói mais ser "provocado" por argentinos do que infringir a lei e/ou ver o país organizador da Copa ter um futebol tão "zoado" assim?

    Isso me lembra casos que já postamos no blog, mas especialmente a briga do goleiro Júlio César com o então presidente Lula.

    Relembremos: http://hermanosebrazucas.blogspot.com.br/2009/08/maior-ofensa.html

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