segunda-feira, 1 de março de 2010

Duetos (13)


Muito criticado por uma parte da população, da imprensa e de grupos políticos, a verdade é que Luís Inácio da Silva, o Lula, tem feito um bom trabalho na presidência do Brasil, pelo menos no que diz respeito à política externa: pode-se dizer que o país não tinha uma imagem tão boa no exterior desde o governo de Juscelino Kubitscheck - e não questionamos aqui os méritos deste ou daquele governante.

Na última semana (mais precisamente terça-feira, 23 de fevereiro), em encontro internacional, Lula defendeu a Argentina na questão das Malvinas, e fez duras críticas à ONU, pois esta teria muito mais interesses em apoiar a Inglaterra numa eventual disputa pelo território.

Segundo Lula, "a nossa [do Brasil] atitude é de solidariedade à Argentina". O presidente afirmou que "não é possível que a Argentina não seja dona (das Malvinas), e seja a Inglaterra, a 14 mil quilômetros de distância". Em seguida, após questionar a validade do apoio da organização, Lula disse que "é preciso que a gente (...) reabra este debate".

Foi, sem favor, uma atitude corajosa, em primeiro lugar, e correta, também. Corajosa pelo simples fato de um presidente de uma nação que não pertence ao G-8 fazer críticas tão fortes a um dos mais poderosos e influentes órgãos mundiais, e correta porque muita coisa ficou esquecida (ou escondida?) quando se passa a história da "guerra das Malvinas".

Até o ano de 1831, as Malvinas de fato pertenciam à Argentina. Naquele ano, o governo local apreendeu dois navios norte-americanos que estavam pescando ilegalmente em suas águas. Isso gerou um "contra-ataque" estadunidense, destruindo as bases militares e dizimando a população que habitava o arquipélago. Desde então as ilhas ficaram inóspitas. Em 1833, os ingleses desembarcaram colonos nas ilhas, e se tornaram "donos" do local.

Portanto, a guerra ocorrida quase 150 anos depois nada mais foi que uma tentativa - frustrada - de recuperar algo que sempre foi dos hermanos (ao contrário do que diz o brazuca no video acima).

Um comentário:

  1. Ah, tadinhos dos argentinos, foram destruídos pelos americanos? E por que não ocuparam novamente a ilha, depois do ataque? Incompetência ou arrogância? Depois quiseram recuperar com guerra...

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