segunda-feira, 14 de março de 2011

Raça X Nacionalidade (38)

e muito mais...

Um dos videos mais vistos do mundo no momento é o do menino Casey Heynes, o garoto que sofria bullying diariamente em uma escola australiana e resolveu revidar. Sua história é bastante triste, e nos leva a (re)pensar muitas coisas:



Não podemos reduzir tudo a simples "bullying": lógico, é um termo técnico que está sendo devidamente debatido e combatido. Porém, o que devemos nos perguntar é se essas crianças que 'zoam' com o gordo, com o afeminado, com o deficiente físico, com o (descendente de) japonês, estão apenas praticando "brincadeiras pesadas": não são elas sementes de discriminação social-racial-cultural-sexual-regional-nacional amanhã?

De acordo com séria pesquisa promovida pela USP, sim. Os dados são absurdamente estarrecedores: 99,3% (!!!) dos alunos de escolas públicas brasileiras manifestam algum tipo de preconceito contra minorias.

O universo da pesquisa foi o seguinte: 18.500 alunos de escolas públicas de 501 municípios brasileiros. (Antes que se diga que é um número baixo, devemos nos lembrar que normalmente questionamentos do IBOPE não ultrapassam a marca de 3 mil entrevistados).

Interessante foi ver quais são os principais "alvos" do preconceito, quando os estudantes respondiam "com quais grupos gostariam de evitar contato":

Necessidades especiais (física e mental) - 96,5%
Étnico-racial -
94,2%
Gênero - 93,5%
Geracional (diferença de idade) -
91,0%
Socioeconômica -
87,5%
Orientação sexual -
87,3%
Territorial (outra região do país) - 75,9%

Famosa frase atribuída a Pitágoras diz: "Educai as crianças para não punir os adultos". Mas será que ele, gênio da matemática, falava apenas da educação formal?

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