Generalizações são sempre perigosas, mas tem uma que podemos fazer: brasileiro ama futebol.
Outra: brasileiro dá uma grande, gigante, importância ao futebol.
E mais: muitas vezes, brasileiro confunde futebol com a vida.
Isso serve para explicar parte do irracional "desgosto" por argentinos. E serve para explicar bem a ridícula, tola e preconceituosa atitude de Piraci Oliveira, ex-diretor jurídico e hoje apenas 'conselheiro' da Sociedade Esportiva Palmeiras.
Na última terça-feira, após ver a derrota de seu time para o Tijuana (do México) pelas oitavas-de-final da Taça Libertadores da América, o dirigente proferiu o seguinte comentário: "Fizemos a alegria de uma torcida cujo objetivo de vida é atravessar o deserto clandestinamente e virar garçom".
13 pessoas compartilharam a postagem, e outras três a marcaram dentre as favoritas. Generalizemos, pois: o futebol é a máscara que o brasileiro utiliza para destilar a xenofobia.
Além de tudo que foi dito: quantos garçons vão se ofender com isso? Quantos Palmeirenses garçons vão se ofender com isso? Se fosse para atravessar o deserto e virar conselheiro de clube de futebol, aí sim; mas para trabalhar de empregado de alguém para sobreviver, é vergonhoso.
ResponderExcluirInteressante.